terça-feira, 7 de dezembro de 2010

BIOGRAFIA DE GIOVANNI MAGNAVITA - (JOÃO)

 MICHELLE GIOVANNI MAGNAVITA (JOÃO)                                          

Por Alberto Magnavita  e Ivo Magnavita (netos).

                            João Magnavita, nasceu em 1866 na cidade de Paola, região administrativa da Calábria, no sul da Itália, filho de Salvadore Magnavita e de dona Maria Francesca Magnavita. Foram seus irmãos: Martino (Agostinho), Alessandro, Ernesto (Hortencio), Ercole (Herculano), Luigi (Luis) e Benino.
                           Giovanni era muito jovem quando chegou ao Brasil, no final do século XIX, onde volta a Paola em 1892 e se casa com Adelina Cesario Magnavita, também natural de Paola. Nesse retorno ao Brasil ele traz o cunhado Carlos Cesário irmão de Adelina. Da união nasceram os filhos Alda, Francisca, Gisberto, Lilá, Mario (meu pai), Otaviano, Pedro, Rizero, Silvia e Alberto.
                           Na Itália Giovanni estudou apenas o primário. Era mestre alfaiate de profissão, comerciante cultivador de uvas. Pressionado pelos problemas de ordem política e econômica, como resultado da unificação do país e sua conseqüente adesão ao mundo capitalista Giovanni resolveu imigrar para o Brasil junto com outras pessoas da família.
                          No Brasil, assim como outras pessoas da família Magnavita dedicaram-se ao cultivo do cacau no município de Belmonte. O cacau era uma cultura que vinha ganhando espaço no sul da Bahia.
                          Michelle Giovanni ou simplesmente João se associou ao irmão Alessandro e passaram a comercializar como Mascates com gêneros alimentícios nas canoas através do Rio Jequitinhonha até o local denominado de Cachoeirinha na divisa com o Estado de Minas Gerais. Por motivo de saúde Alessandro o ajudava passando a permanecer na loja em Belmonte que ficava na Praça 13 de maio mais conhecida como a “Praça dos Gringos”.
                          Na rotina de sempre ele adquire algumas propriedades agrícolas com Cacau em local denominado Meroaba as margens do Rio Jequitinhonha e uma casa tipo sobrado que fica a 80 metros da casa onde residíamos na Avenida. Meu tio-avô que estava com vovô chamado Carlos Cesário viaja para o Rio de Janeiro e lá contrai matrimonio com minha tia-avó uma brasileira e desse enlace nasceram os filhos Frederico, Madalena, Hugo, Ema, Ester e Reinaldo.
                           Um fato pitoresco: Meu avô nas suas andanças Rio acima resolve deixar uma carga de farinha em uma fazenda nas mãos de um sujeito pedindo-lhe que guardasse até o seu regresso. Ao retornar procura o individuo. Esse, noentanto, nega alegando que meu avô nada tinha deixado com ele. Muito aborrecido e sem dizer nada segue viagem e encontra-se casualmente com um jagunço chamado Aprijão, e que gostava muito do meu avô. Notando o semblante muito fechado ele pergunta: O que houve com você? Meu avõ relata o caso. Ele fala para o meu avô: – “Fique tranqüilo”. Quando você retornar passe direto e grite para o sujeito: “Aprijão mandou-lhe lembranças”. Feito isso o individuo pede a meu avô.....seu João venha cá...sua farinha está aqui. Eu estava brincando.
                          Embora fosse perdendo parte dos costumes culturais italianos a culinária mantinha-se especial. Eram tradicionais as reuniões em família e amigos com refeições fartas. Apreciavam a polenta, o salame, a lingüiça, a mortadela, a macarronada feitos pela própria família que por sua vez passavam aos seus descendentes. Dizem os antigos que os imigrantes italianos de Belmonte tinham campo de golfe e quadra de tênis. Outra característica cultural das famílias de imigrantes italianos era o gosto pela musica italiana orquestrada.
                         Os Magnavitas são a mais extensa família de imigrantes italianos no sul da Bahia e talvez do Brasil. Hoje eles estão espalhados em todo o território nacional seja como lavradores, políticos, empresários ou funcionários públicos. Giovanni faleceu em 1918 aos 52 anos de idade.  
                          A grande heroína dessa historia passa a ser D. Adelina Cesário Magnavita que fica viúva e com dificuldades passa a criar os 10 filhos.  Aos 38 anos consegue superar tudo com dignidade criando e educando os filhos. Com seus cabelos compridos parecia uma fada e minha mãe que era sua filha não ficava um dia sem vê-la.   Contato com  frednogueira@hotmail.com ou telefone 71-3359-7561.   

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