segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

BIOGRAFIAS

MARTINO PIETRO FRANCESCO MAGNAVITA



                                      Nasceu em Paola na província de Cosenza – Itália, em 13 de novembro de 1864 às 12 horas na Rua Rocchetta. Seus pais eram: Salvadore Magnavita di Francesco e Maria Francesca Condino di Carlo, ambos também de Paola.
Seus irmãos: Benino Magnavita casado com Maria Luigia Condino; Giovanni Magnavita(João) com Adelina Cesário; Ercole(Herculano) com Maria do Rosário depois com Laureta Cilento, Alessandro com Venera Perrota; Luigi(Luis) com Filomena Perrota e Ernesto(Hortêncio) com Tereza Madeira(Matera)e suas irmãs ficaram na Itália.
                                      Martino Magnavita que depois aportuguesou o nome para Agostinho Magnavita chegou ao Brasil com o intuito de ficar rico e voltar para se casar com Adelina Maria Fortunata Storino, nascida em 1.1.1876, filha de Giuseppi Storino e Maria Carmela Cilento.
                                      Ao contrário dos 98 % dos italianos que foram para São Paulo e ao Sul do país para trabalhar na lavoura do café, vinho etc, ele chegou em Canavieiras, jovem, com a ajuda dos patrícios Antonio Itria, o filho Giacomo Itria , o genro deste Ercole Magnavita(Herculano), casado com a filha Maria do Rosário Itria. Martino Magnavita (Agostino como era mais conhecido) em 1891 já tinha uma propriedade registrada no cartório, um armazém de cacau na R. Felinto Mello 13, no centro de Canavieiras.
                                       Ele retorna a Itália e casa-se com o grande amor de sua vida aos 32 anos em 9 de julho de 1897, na Rua Corso Garibaldi, 93, ela com 21 anos. Este acontecimento está registrado na peça teatral musicada com a direção do seu bisneto, jornalista Antonio Cláudio Magnavita Castro chamada “COMUNITÁ” em cartaz no Rio e S.Paulo com o maior sucesso.
                                       Curiosa é a observação na ata de casamento onde Adelina querendo casar em sua própria casa pede ao Tio Giuseppe que era médico, um atestado para não se deslocar ao cartório e esse anota que ela tem reumatismo. O pretexto é aceito e a festa de casamento é logo a seguir em suas dependências as 21:50 horas. Fecha a ata com a seguinte frase: “O esposo e a esposa sabiam assinar”.
                                      Como referência a data da chegada ao Brasil para o Setor de Naturalização e Nacionalização do Ministério da Justiça ficou registrada como sendo em 28.12.1898 no navio Lãs Palmas. Não só Martino como vários Magnavitas tiveram inúmeras passagens no setor de imigração das alfândegas brasileiras.
                                      Em Paola nasceu Francisco Storino Magnavita,  casado com Justina Jouguet Magnavita e em segunda núpcias com Amélia Maria de Souza.  No Brasil nasceram: Silvio Magnavita (Comerciante, Vereador de Canavieiras-PSD), provedor da Santa Casa e Presidente da Lira do Comercio), casado com Eleonisia Ribeiro de Deus descendente dos fundadores de Canavieiras(Antonio Dias Ribeiro,1746, Jose Archanjo Ribeiro *19.9.1833 +5.7.1862), Honorina Magnavita Gross, casada com Rafael Gross; Matildes Magnavita Martire, casada com Nicola Martire; Eugenio Magnavita, casado com Valtrudes Oliveira Magnavita; Ida Magnavita Bezerra, casada com Gabriel Torres Bezerra: Aluysio Magnavita, casado com Adalgisa Oliveira Magnavita; Arnaldo Magnavita; Boaventura Magnavita; Agostinho Magnavita, casado com Rachel Magnavita . Os Magnavitas se estabeleceram em Canavieiras, Salvador, Belmonte, Ilhéus, Itabuna e Rio de Janeiro.
                                       Os laços entre Brasil e Itália se estreitaram quando do casamento do Imperador Pedro II com a Princesa Tereza Cristina Maria, filha do rei das Duas Sicilias. A irmã de D.Pedro II também viria a se casar com o Conde d’Aquila irmão da Imperatriz. Esses dois casamentos uniram real e potencialmente o Brasil a uma das mais prestigiosas casas coroadas da Itália.
                                         Os imigrantes levavam quase 30 dias para chegar ao destino. Atravessavam o oceano perigoso, desde o Mar Mediterrâneo, Ligúria, (Genova) onde pernoitavam vindo de trem de Paola (Tirreno) até Salvador, Rio de Janeiro ou Santos e depois Canavieiras. Os desbravadores largaram a terra natal, em plena unificação para buscar melhores condições de vida numa terra desconhecida.
                                         Nada acontece ao acaso como sabemos. Nas condições mais adversas de transporte e comunicação nas terras do sul da Bahia com cobras e todos os tipos de enfermidades dos trópicos. Com o calor insuportável até a nova adaptação, pois se trabalhava das 6 horas até às 11  horas e retornava às 14:00 horas até o escurecer. Naquela época já fazia o comercio do cacau no armazém “ORQUIMA” Indústria Química Reunidas S.A. de sua propriedade.            
                                         Após o jantar, todos os dias, Martino sentava próximo da praça do porto de Canavieiras para conversar com seu melhor amigo Salvador Minervino, casado com Angiolina di Seta.  Era a compensação após um dia de trabalho, a noite fresca e o descanso merecido.   
                                         Na travessia corajosa do oceano imenso que certa vez afundou o navio “Mafalda” com 300 pessoas mortas, os imigrantes não se deixavam desanimar. Navegavam nos porões em condições desumanas e alguns morriam no caminho.  Na quarentena quando da chegada aos portos era humilhante a separação, mas necessária para não trazer doenças infecto-contagiosas ao novo país. 
                                         Foi com a epidemia da (1) “peste negra” que milhares de pessoas morreram na Europa. Logo após a saída de quase 1 milhão e meio de Europeus estourou a(2) I Guerra Mundial. Mesmo tendo que desbravar um novo território como verdadeiros expedicionários, esses corajosos imigrantes, em particular nossos bisavós que enfrentaram as adversidades para a própria felicidade de cada um. Hoje somos ramificações ou membros desta grande arvore genealógica graças a esses inspirados heróis.   Outras catástrofes também rondavam o velho mundo como declara Pasquale Magnavita  (Minhas Recordações”,  p.20):
                                      ”Familiares de(3) Messina pereceram no Terremoto em 28 de Dezembro de 1908”.
                                        Sem levar em consideração que perto dali existe um vulcão chamado (4)“Vesúvio” que em tempos passados petrificou pessoas e acabou com as cidades de Pompéia e Herculano. Foi nesse mesmo território da Itália, parte do palco central da(5) II grande Guerra Mundial onde morreram 55 milhões de pessoas.  Na Europa morreram especificamente 20 milhões e outros tantos milhões com suas vidas destruídas.
                                      Os imigrantes italianos contribuíram com o desenvolvimento do sul do Estado da Bahia e hoje ocupam os cargos nas prefeituras, governos, embaixadas, universidades.
                                        Em seguindo os conselhos da carta de Pero Vaz de Caminha “que se plantando tudo dá” cultivavam o cacau. Os italianos se integraram perfeitamente em todas as áreas de trabalho fazendo parte da índole do povo brasileiro receptivo e hospitaleiro.
                                       A terceira geração dos descendentes de italianos no Brasil (Bahia) na grande “Árvore Genealógica dos Magnavitas”, estão os filhos de Silvio Magnavita e Eleonisia Ribeiro de Deus Magnavita que cedo deixaram a vida no interior para buscar melhores colégios na Capital e por lá ficaram: Valma Seda (Professora) casada com Célio Seda   (comandante do esquadrão de Transporte aéreo da FAB no Amazonas), Raymunda Magnavita Nogueira(Pecuarista) casada com Frederico Rodrigues Nogueira(Funcionário da Petrobras), Dilma Magnavita Castro (Proprietária do Jornal de Turismo do Rio) casada com Waldir Araujo Castro (Delegado Regional do Ministério da Educação da Bahia e Sergipe), Silvia Magnavita Barbosa(Comerciante) casada com Guede Barbosa (Capitão dos Portos do Espírito Santo), Domingos Augustinho de Deus Magnavita (Representante de Laboratório) casado com Daiva Souza Magnavita(Funcionária Pública Federal), Selma Magnavita Menezes (Professora e Presidente do Movimento das Donas de Casa) casada e com Marcio Seabra Menezes (Diretor da Instalofone ), Francisco Elmo de Deus Magnavita(Funcionário Publico Federal do DNER) casado com Itassucê Moreira Magnavita (Funcionária Publica Estadual ex-diretora do C.E Eduardo Mamed).
                                         O primeiro filho de Martino foi Francesco Storino Magnavita(Chichilo)era comerciante e teve os seguintes filhos com Justina Sivano Juguet Magnavita: Mario Juguet Magnavita casado com Dinalva Magnavita Siciliano; Clery Juguet Magnavita casado com Iraci Brandão Magnavita; e Helenita Juguet Magnavita. Em segundas núpcias com Amélia Maria de Souza Magnavita ele teve mais 7 filhos; Nei Souza Magnavita casado com Maria Terezinha Medrado Magnavita e após Jandira Maria Pinheiro Rivas Magnavita; Nivaldo Souza Magnavita (Agrônomo) casado com Maria Deuzari Costa Magnavita; Neide Souza Magnavita ; Nely Souza Borges Magnavita casada com Francisco Jose Falcão Borges; Luis Arnaldo Souza Magnavita; Francisco Storino Magnavita Filho e Sidney Souza Magnavita
                                          O terceiro filho de Martino foi Honorina Magnavita Gross casada com Rafael Gross e depois com o já genro Nicola Martire. Não se tem noticia de filhos do casal.
                                         O quarto filho foi Maltides Magnavita Martire casada com Nicole Martire e com o falecimento desta uniu-se com a outra irmã. Desse casamento surgiram duas filhas: Edna Magnavita Martire e Yolanda Magnavita Martire casada com Vitorino Freire Sobrinho.
                                         O quinto filho foi Eugenio Magnavita casado com Valtrudes Oliveira Magnavita e teve os seguintes filhos: Gualberto Magnavita casado com Dinorá Marcos de Santana Magnavita ; Rosalia Magnavita casada com Edson Ramos; Joselito Oliveira Magnavita casado com Rita Barreto Lima Magnavita; Eugenio Magnavita Filho casado com Joana Barbosa Magnavita; Maria da Ajuda Magnavita Souza casado com Deraldo e depois com Jose Fonseca Souza.
                                         O sexto filho de Martino foi Ida Magnavita casada com Gabriel Torres Bezerra não temos noticia de filhos do casal.
                                         O sétimo filho foi Aluysio Magnavita casado com Adalgisa Oliveira Magnavita que tiveram os seguintes filhos: Terezinha de Jesus Magnavita Lyro casada com Artemio Boa Ventura Lyro; Antonio Magnavita casado com Valma Loreiro Magnavita; Aloísio Magnavita Filho(Técnico em Telecomunicações)casado com Maira Marlene Magnavita; Ubirajara Oliveira Magnavita casada com Vilma de Oliveira Magnavita; Adelina Oliveira Magnavita Ferraz casada com Antonio Gonçalves Ferraz ; Jorge Luis Magnavita casado com Maria da Penha Coutinho Magnavita.
                                          O oitavo e o nono foram Arnaldo Magnavita e Boaventura Magnavita que só obtivemos informações no cartório de Canavieiras.
                                         O décimo e ultimo filho foi Agostino Magnavita, nome que o pai utilizou como aportuguesado de Martino, casado com Rachel Magnavita que tiveram uma única filha Erly da Conceição Magnavita.(Oficial de Justiça)
                                          Adelina Maria Fortunata Storino muito doente saiu de Canavieiras e foi morar com as filhas e o caçula no Rio, lá faleceu em 1945 e foi enterrada no Cemitério do Caju.
                                           Cada um desses filhos já geraram uma media de 3 outros filhos. Alguns dos nomes acima já se aposentaram outros morreram para dar continuidade a mais gente que vem chegando como tataranetos. Assim inicia-se a quinta geração dos brasileiros descendentes de Italianos. Graças a esses desbravadores do passado que cruzaram os oceanos, nós devemos as nossas vidas.
                                           Em breve será editado o livro “Italianos na Boa-Terra” com toda a arvore genealógica dos Magnavitas pesquisadas no Brasil.
                                          Outro fato relevante que aconteceu recentemente na vida desse tronco dos Magnavitas que deve ser considerado um milagre foi o desimpedimento judicial da propriedade narrada no inicio quando da chegada ao Brasil de Martino comprada dele por Silvio. Só agora recentemente foi liberada e vendida. Cento e quinze anos após a sua chegada, todos os filhos receberam o premio em memória dos que se sacrificaram.
                                          Humildemente, pode-se dizer que eles estão atentos a tudo o que acontece no ramo familiar e que cada um merece aquilo que planta. Saudamos a todos os antepassados em intenção das suas almas com uma missa em conjunto com os familiares no dia 26.12.2005 na Igreja de Nossa Senhora da Luz no bairro da  Pituba em Salvador.  
                                         Assim como não somos um país sem memória, não somos também uma família sem elo.  Existe um dia no ano onde todos são convidados para conversar, tirar fotografias e levar um prato para almoçar juntos com José Magnavita Menezes e Luis Antonio Magnavita Chetto.
                                        Se os homens das cavernas escreviam nas paredes mostrando que eles existiram através dos hieróglifos, quem somos nós para deixar de anotar em computadores aqueles que nos antecederam.


Frederico Rodrigues Nogueira Filho e Marilena Henklain Garcia Nogueira (bisnetos)


1-Peste Negra ou Peste Bubônica como falam muitos dos nordestinos do Brasil quando se aborrecem com alguma coisa qualquer. È uma das piores doenças epidêmicas, pois tem índice de mortalidade muito alto. No séc. XIV, matou ¼  da população  Européia e na antiguidade varreu a Europa , Ásia e a África. A peste negra fazia surgir sob a pele manchas de sangue que se tornavam negras. A doença geralmente provoca tumorações dos gânglios linfáticos, chamadas bubões, de onde derivou o nome peste bubônica.A peste é transmitida aos seres humanos principalmente pela  por pulga de ratos infectados.Ratos caseiros e roedores selvagens, se atacados pela doença podem transmiti-la ao homem. A destruição de ratos e outras medidas de saneamento ajudam a evitar a propagação da peste.  A peste quase se extinguiu em fins do séc. XIX, mas em  1894 apareceu em  Hong-Kong,  um dos maiores portos do mundo. Dali os navios levaram-na ao resto do globo, especialmente na Índia. Mais de 10 milhões de pessoas morreram de peste na Índia nos 20 anos seguintes.
2-I Guerra Mundial  durou de 1914 a 1918. Começou com o assassinato do herdeiro do Reino austro-húngaro Arquiduque Ferdinando e sua mulher Sofia por um jovem estudante bosniano que vivia na Servia e terminou com a entrada dos EE.UU e logo em seguida com um péssimo armistício .  Mais de 5 milhões de soldados aliados e 3 milhões e meio de soldados das potencias centrais morreram na guerra. A  I tália desta vez foi aliada e só entrou no fim em 1917.para conquistar da Áustria e da África. A entrada da Itália ajudou os aliados a tomarem o Mediterrâneo.                          
3- Terremoto de Messina 75 mil mortos na Itália. Teve outro antes desse na Região da Calábria em 1783 que matou 50.000 pessoas. Mais recentemente em 1915 em Avezzano     30.000 mortos.
4- Vesúvio – o mais famoso dos vulcões do mundo em 79 D.C  ele entrou em erupção destruindo as cidades de Pompéia, Herculano   e Stabia na Itália e sepultando-as debaixo de uma enorme massa de cinzas, poeira e brasas. Hoje em observação continua.  Outro famoso vulcão ativo é o Stromboli situado em uma ilha no litoral sul da Itália. Também existe um vulcão ainda intermitente na Sicília que entra em erupção em períodos regulares.  
5-II Guerra Mundial – iniciou em 1939 com o ataque a Polônia pela Alemanha e terminou em 1945  efetivamente.  A Itália com Mussoline ficou do lado dos Alemães com medo de Hitler destruí-la e acabou sendo destruída pelos aliados.  Mussoline foi destituído e a Italia no final da guerra passou a ser aliada em 1943. Os aliados esperavam que os soldados italianos atacassem as guarnições alemãs, mas a maioria deles se deixou render. O total de mortos referem-se a  civis e militares     
                                                  

5 comentários:

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  2. Fred.
    Finalmente me coloco como um de seus seguidores, uma forma de reconhecimento pelo trabalho que desenvolve no sentido de registrar as origens desse seu outro ramo de Família, a dos Magnavita. Sei o quanto se orgulha disso e do mesmo modo o parabenizo pela iniciativa.
    Forte abraço.

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  3. Ao postar o nome do meu tio, recentemente falecido no Google, encontrei este blog, mas tenho as seguintes observações a fazer: Terezinha de Jesus Magnavita (falecida), descendente de Martino Pietro Francesco Magnavita, se casou com meu tio Arthêmio de Lyro Junior (falecido) e não com Artemio Boa Ventura Lyro, como consta no blog, dessa união nasceram duas filhas: Rosilma Magnavita Lyro e Rosinilda Magnavita Lyro, hoje casada e com filhos.

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  4. Sou amiga de Erly da Conceição Magnavita e procuro por parentes desta minha amiga. Aguardo informações. Obrigada.

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    1. Ola maria aparecida.
      Me chamo Rafaela e fui criada por Erly . Ela faleceu em 2016. Mas se quiser falar comigo 21998221876

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